Um passeio que vai da política econômica/ educacional até a mais incitante fofoca filosófica.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Hipertextos: medo, pra quê?

Hipertexto nada mais é que um texto em formato digital. Conforme o próprio termo remete, Hiper: superar limitações, não linearidade, ausência de seqüência; ir além... Navegar em um Hipertexto é muito fácil, basta gostar de aventurar-se e arriscar! Os Hiperlinks funcionam como rotas, caminhos que nos levam a esta ou aquela página. As possibilidades são infinitas e a descoberta do “novo” é algo viciante.

Quando nos referimos aos Hipertextos, num primeiro momento, pensamos que os mesmos surgiram juntamente com a Internet, mas não, ledo engano: os Hipertextos ocorreram inicialmente como manifestações através de manuscritos (que sofriam modificações quando transcritos monges copistas, tornando-se, desta forma, um tipo de escrita coletiva: isso devido as inúmeras alterações que ocorriam entre uma cópia e outra) e marginalia (espécie de comentários e escritos pessoais que eram feitos nas margens de um livro), isso ainda nos séculos XVI e XVII.

Apesar das controvérsias os Hipertextos podem ocorrer em qualquer meio de comunicação, independente de ser virtual ou escrito; algo óbvio. Um exemplo clássico de Hipertexto, no meio escrito, são as Enciclopédias, isso tendo em vista a permissividade de acesso em qualquer parte da mesma de maneira não-linear. A Bíblia é outro bom exemplo de Hipertexto, pois é composta por uma série de textos não seqüenciais; o leitor segue o rumo que mais lhe atrai.

Na educação? Bem, os Hipertextos são ferramentas de suma importância para o desenvolvimento da pesquisa, bem como da produção de textos, entre os alunos. Utilizar-se de tal recurso em sala de aula proporciona, além de uma melhor assimilação, um aprendizado mais amplo e consistente. A não-limitação do aluno é o principal aspecto: romper barreiras, ultrapassar fronteiras, o mundo torna-se o limite!

Quanto ao medo, pra quê? Errar é normal. Se perder pelo caminho, faz parte; pra isso existem ferramentas de busca, como o Google, que podem ser facilmente acionadas, logo, a volta pra “rota inicial” torna-se algo bem fácil e prático – são as maravilhas do mundo moderno.

No mais, basta experimentar e se deliciar: são pitadas de intertextualidade, ou simplesmente, diálogos entre textos que se citam mutuamente e nos fazem relembrar o que já conhecemos; velocidade, precisão e dinamismo; interatividade e acessibilidade, o que é fundamental num mundo tão informatizado; por fim, que experimentemos através da transitoriedade a relatividade, a única capaz de proporcionar “a não verdade absoluta” e o rompimento de barreiras antes intransponíveis... Enfim, é chegada à hora: vamos “navegar”?

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